Faróis "da moda". Foto: Divulgação. |
Vendido como Riich M-1 na China (Riich é uma marca "irmã" da Chery), o modelo compacto de 3,60 m de comprimento vem para ocupar o patamar logo acima do Chery QQ e abaixo do Chery Face, concorrendo com modelos do mercado nacional como Fiat Uno, Nissan March, VW Gol e outros.
Suas outras medidas são 1,58 m de largura, 1,52 m de altura e 2,33 m de distância entre-eixos, além de ínfimos 160 litros de capacidade do porta-malas, 30 litros a menos que o já pequeno espaço para bagagem presente no Chery QQ.
No peito do pequeno chinês pulsa o mesmo coração ACTECO 1.3 16V do Chery Face, só que rendido à boemia, rendendo 90 cv @ 6000 RPM com E100 no tanque. O torque máximo fica em 13,2 kgfm, disponível entre 3500 e 4000 RPM, também com o combustível derivado da cana.
Maçanetas embutidas e o logo da Riich. Foto: Divulgação. |
Com uma massa de 1028 kg, espera-se um desempenho razoável do modelo, tornando-o um carro urbano por excelência, fato confirmado também pelo seu porta-malas pequeno.
O conjunto de suspensão é o padrão do mercado, com McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, que deve ser calibrado para o gosto do brasileiro, visto que a Chery já possui uma vasta experiência com nossos consumidores. Outra calibração especial deve ser feita no câmbio, manual de 5 marchas, que costuma ter relações muito longas nos carros chineses, mas não permite ao comprador tupiniquim transpor lombadas em 3ª marcha, esse péssimo hábito que acontece por aqui.
Painel moderno. Foto: Quatro Rodas. |
Quanto aos equipamentos, o compacto deve trazer de série o padrão chinês de recheio, que inclui ar-condicionado, trio elétrico, rodas de liga leve, direção hidráulica, rádio, airbag duplo e ABS. Bem que o ESP poderia estar incluído no pacote, afinal um modelo alto como o S18 deve ter um comportamento meio arisco nas curvas.
Quadro de instrumentos. Foto: Divulgação. |
Pelas fotos podemos observar que o interior do modelo é bem moderno, com quadro de instrumentos concentrado no topo do painel, o que não deve agradar à maioria, já que dificulta a leitura rápida das informações, principalmente do conta-giros pequeno.
Mas, afinal, será o Chery S18 um sucesso?
Em dimensões, o novo compacto chinês é pouca coisa maior do que o Chery QQ, modelo mais barato da marca à venda no país, que vem conquistando cada vez os lares dos brasileiros que buscam seu primeiro veículo 0 km e bem equipado. Diante disso, podemos dizer que o S18 será o upgrade natural para o dono de um QQ, bem como é um modelo que atrairá aqueles que não olham o QQ com bons olhos.
Na questão do design, o S18 é moderno, com linhas bem desenhadas, faróis alongados "da moda" e maçanetas das portas traseiras embutidas. É um passo e tanto à frente do QQ, sendo até mais atraente do que o Face, modelo posicionado imediatamente acima.
O motor ACTECO é conhecido por mover o Face muito bem, sendo que migrando para a tendência flex, passa a dispor de 6 cv de potência e 1,8 kgfm de torque a mais, que devem tornar o S18 um veículo bem esperto e agradável de rodar na cidade.
Contra o pequeno modelo pesam apenas o seu pequeno porta-malas e a disposição infeliz do quadro de instrumentos, que poderia manter a mesma grafia, mas estar localizado na parte correta do painel.
Previsto para custar em torno de R$ 31.900, o Chery S18 custa bem menos do que seus concorrentes com motor 1.0, e chegam a custar até R$ 6 mil a mais quando se igualam com o S18 a nível de equipamentos. Diante disso, não há dúvidas de que até mesmo o preconceito de alguns consumidores contra carros chineses possa ser deixado de lado no momento da compra.
Só podemos afirmar que o único risco para a Chery é ver QQ e Face encalhando nas lojas, assistindo de camarote o sucesso do S18. É esperar e crer, para ver.
Marcelo Silva
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