Estradeiro em sua essência. Foto: Marcelo Silva |
1. Via Lagos, carro vazio (1 pessoa e uma mochila)
Assim que entrei na rodovia e reduzi para 3ª marcha visando retomar rapidamente de 70 a 100 km/h, fui agraciado com o delicioso ronco do E.TorQ 1.8 16V que oferece sua plena força a partir das 4.500 RPM, como já dissemos anteriormente. Sem muita carga em suas costas, os 132 cavalos do Linea se divertem muito bem na estrada nessas condições. Retoma velocidade com facilidade e ronca suave a uns 2.650 RPM rodando nos 100 km/h de limite da via. Se o motorista quiser desempenho agressivo, pise fundo e pronto.
O rodar do Linea é bem macio, sua calibragem é mais macia que a do Punto e faz o condutor lembrar que está realmente dentro de um Fiat, famosa por suas suspensões mais voltadas para o conforto. Na primeira ondulação, o sedã flutua de forma confortável, mas sem deixar o motorista assustado, pois sua solidez ao rodar passa a impressão (real) de que o modelo está sob controle o tempo todo.
E essa sensação de controle é confirmada na primeira curva bem fechada da estrada. Sem abusar além do que um motorista comum faria, o Linea faz a curva de forma correta, o volante tem o peso correto e se comunica bem com as rodas. Os pneus Bridgestone Turanza ER30 são deliciosos, sequer reclamam de ter que segurar os 1.300 kg do sedã.
Na próxima curva, um pouco mais de ímpeto e a traseira acompanha de forma corretíssima o nariz do Linea, sem qualquer susto. O conjunto de suspensão não tem surpresas, é o padrão de McPherson na dianteira e Eixo de Torção na traseira, mas impressiona pela calibragem exemplar, lembra a mesma usada no Toyota Corolla. A mesma boa impressão é passada pelos freios à disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira, que são ideais para o carro.
O consumo com E100 no tanque e ar-condicionado ligado foi o esperado, ficou em 10,5 km/l, de acordo com o preciso computador de bordo.
2. Via Lagos, carro cheio (4 pessoas e bagagem)
Como era de se esperar, o Linea não sentiu o peso extra dos passageiros. Suas bagagens ficaram muito bem acomodadas no espaçoso porta-malas de 500 litros mas, infelizmente, o mesmo não se pode dizer das suas pernas, e olha que não eram pernas muito compridas. Minha mãe de 1,63 m e minha noiva de 1,68 m reclamaram do aperto no banco traseiro.
Não acreditei e pedi para o meu pai assumir o volante. Então me posicionei no banco traseiro e meus míseros 1,90 m ficaram bem espremidos ali. Minhas pernas não tinham espaço suficiente e minha cabeça encostava no teto. Pelo menos os bancos são macios e confortáveis, além de haver um excelente apoio de braço no centro, com direito a porta-copos. Além disso, há cinto de segurança e apoio de cabeça para todos, isso caso houver espaço para um quinto passageiro bem magro e baixo como uma criança.
O comportamento do carro foi exatamente o mesmo. Os freios mostraram que são bem dimensionados para o carro em qualquer situação, além da suspensão que reagiu bem a todo momento. Até mesmo o consumo ficou quase igual, com 10,3 km/l de média, usando ar-condicionado e etanol no tanque de 60 litros.
Convém mencionar também que o comportamento do carro foi muito bom sob chuva torrencial. Os limpadores do tipo flat-blade funcionam de maneira ideal e possuem boa velocidade de funcionamento. Mais um ponto positivo para os pneus Bridgestone, que apresentaram pouca tendência à aquaplanagem.
No geral, o Fiat Linea essence está mais do que aprovado para uso em estrada, com ressalvas apenas para seu pouco espaço nos bancos traseiros. Em compensação, quem viajar no comando do sedã terá tratamento de primeira classe, com bancos grandes e confortáveis, além da posição de dirigir perfeita.
Na próxima parte, veremos como foi o desempenho do Linea em estrada de mão dupla.
Marcelo Silva
Assim que entrei na rodovia e reduzi para 3ª marcha visando retomar rapidamente de 70 a 100 km/h, fui agraciado com o delicioso ronco do E.TorQ 1.8 16V que oferece sua plena força a partir das 4.500 RPM, como já dissemos anteriormente. Sem muita carga em suas costas, os 132 cavalos do Linea se divertem muito bem na estrada nessas condições. Retoma velocidade com facilidade e ronca suave a uns 2.650 RPM rodando nos 100 km/h de limite da via. Se o motorista quiser desempenho agressivo, pise fundo e pronto.
O rodar do Linea é bem macio, sua calibragem é mais macia que a do Punto e faz o condutor lembrar que está realmente dentro de um Fiat, famosa por suas suspensões mais voltadas para o conforto. Na primeira ondulação, o sedã flutua de forma confortável, mas sem deixar o motorista assustado, pois sua solidez ao rodar passa a impressão (real) de que o modelo está sob controle o tempo todo.
E essa sensação de controle é confirmada na primeira curva bem fechada da estrada. Sem abusar além do que um motorista comum faria, o Linea faz a curva de forma correta, o volante tem o peso correto e se comunica bem com as rodas. Os pneus Bridgestone Turanza ER30 são deliciosos, sequer reclamam de ter que segurar os 1.300 kg do sedã.
Na próxima curva, um pouco mais de ímpeto e a traseira acompanha de forma corretíssima o nariz do Linea, sem qualquer susto. O conjunto de suspensão não tem surpresas, é o padrão de McPherson na dianteira e Eixo de Torção na traseira, mas impressiona pela calibragem exemplar, lembra a mesma usada no Toyota Corolla. A mesma boa impressão é passada pelos freios à disco nas quatro rodas, ventilados na dianteira, que são ideais para o carro.
O consumo com E100 no tanque e ar-condicionado ligado foi o esperado, ficou em 10,5 km/l, de acordo com o preciso computador de bordo.
2. Via Lagos, carro cheio (4 pessoas e bagagem)
Como era de se esperar, o Linea não sentiu o peso extra dos passageiros. Suas bagagens ficaram muito bem acomodadas no espaçoso porta-malas de 500 litros mas, infelizmente, o mesmo não se pode dizer das suas pernas, e olha que não eram pernas muito compridas. Minha mãe de 1,63 m e minha noiva de 1,68 m reclamaram do aperto no banco traseiro.
Não acreditei e pedi para o meu pai assumir o volante. Então me posicionei no banco traseiro e meus míseros 1,90 m ficaram bem espremidos ali. Minhas pernas não tinham espaço suficiente e minha cabeça encostava no teto. Pelo menos os bancos são macios e confortáveis, além de haver um excelente apoio de braço no centro, com direito a porta-copos. Além disso, há cinto de segurança e apoio de cabeça para todos, isso caso houver espaço para um quinto passageiro bem magro e baixo como uma criança.
O comportamento do carro foi exatamente o mesmo. Os freios mostraram que são bem dimensionados para o carro em qualquer situação, além da suspensão que reagiu bem a todo momento. Até mesmo o consumo ficou quase igual, com 10,3 km/l de média, usando ar-condicionado e etanol no tanque de 60 litros.
Convém mencionar também que o comportamento do carro foi muito bom sob chuva torrencial. Os limpadores do tipo flat-blade funcionam de maneira ideal e possuem boa velocidade de funcionamento. Mais um ponto positivo para os pneus Bridgestone, que apresentaram pouca tendência à aquaplanagem.
No geral, o Fiat Linea essence está mais do que aprovado para uso em estrada, com ressalvas apenas para seu pouco espaço nos bancos traseiros. Em compensação, quem viajar no comando do sedã terá tratamento de primeira classe, com bancos grandes e confortáveis, além da posição de dirigir perfeita.
Na próxima parte, veremos como foi o desempenho do Linea em estrada de mão dupla.
Marcelo Silva
Vai postando....to lendo tudo!
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